Manel - Fotos do 1º Dia de Filmagens

sábado, março 31, 2007

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Grafitti no Local das Filmagens
Preparando actor para a filmagem

Actores e Figurantes Posicionando-se para o Início das Filmagens


Bombeiro "fazendo" chuva no local das filmagens






Actores recebendo instruções do Realizador






Estas são apenas algumas fotos das filmagens do dia de ontem.
Para visualização de mais fotos, já sabem:

Manel - Mais Fotos

sexta-feira, março 30, 2007

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Neste momento estão todos a perguntar: mas então só estas fotos????

Ok, ok, não se enervem! Aí estão mais fotos dos ensaios!
Logo à noite, iniciam-se as filmagens, que prosseguirão madrugada fora. Amanhã haverá mais fotos disponíveis quer no meu blog, quer no blog do filme (já toda a gente sabe o endereço de cor, não é malta?... mas pelo sim e pelo não, é melhor deixar aqui um link, para aqueles mais esquecidos!):









Actor Ensaiando o Seu Papel


Actriz em momento de descontracção

Figurante Posando Para a Fotógrafa


Revendo Caracteristicas dos Personagens

Ah... só mais uma coisinha: vá lá, sejam bonzinhos e rezem com fervor à Nossa Senhora Protectora das Gripes, que interceda por nós. As filmagens de hoje à noite são no exterior e com a chuva que cai, habilitamo-nos todos a ficar doentes não tarda nada!

Manel - Ensaios

quinta-feira, março 29, 2007

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Ontem à noite, decorreram os ensaios para o filme "Manel".

Só para vos aguçar a curiosidade deixo-vos aqui algumas fotos. As restantes poderão ser vistas no blog do filme. Para quem esteve distraído no meu penúltimo post e ainda não tomou nota do endereço, aí vai novamente:

http://www.manelfilme.blogspot.com

Actores Ensaiando Texto

Acertando Pormenores do Texto




Actrizes Experimentando Guarda-Roupa




O Realizador

Manel - O Filme

segunda-feira, março 26, 2007

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Durante o próximo fim de semana (sexta - 31 de março; sábado - 01 de abril; domingo - 02 de abril) o meu tio - João Lisboa - irá rodar o seu filme "Manel" por vários locais da cidade do Porto.

Eu tenho como missão reportar fotograficamente tudo o que se passa durante as filmagens (digamos que tenho de disparar - salvo seja! - a tudo quanto se mova!). Essas fotos serão colocadas online em simultâneo com o que se vai passando no local de filmagem.

Todos poderão acompanhar este processo criativo (quer do realizador, quer da fotógrafa... LOL) através do blog:

http://manelfilme.blogspot.com/

Será uma experiência bastante interessante da qual vocês também poderão fazer parte, visitando o blog e postando os vossos comentários!

Ficamos à vossa espera!

Feliz Dia do Pai

quarta-feira, março 21, 2007

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Não há mais paciência para ti!
A paciência morreu de inanição, à míngua da tua falta de jeito, ou antes da tua nula vontade em ter qualquer jeito!
Para mim, basta!
Não mais sorrisos apaziguadores, tentando disfarçar a tua total ausência de afecto, que justificas na correria constante da tua vida (como se todos nós não tivéssemos vida, como se todos nós não corrêssemos desaustinadamente, como se todos nós – e muito mais que tu – não tivéssemos que nos dividir a toda a hora por mil e um assuntos, afazeres, obrigações, etc.).
Lamento, sim. Não por mim!
A mim tu nunca conseguiste atingir com a tua ignorante superficialidade, com a tua bacoca mania de ser o centro das atenções, com a tua pose de modelo masculino em final de carreira, com os teus fatos Armani, com as tuas camisas Massimo Dutti, com os teus relógios Tag Heuer, com os teu perfumes Valentino, que usas para dissimular a provinciana mentalidade tacanha que desde a nascença se impregnou em ti até à medula. Nem me atingiste mesmo quando me acusaste de querer levar para a frente uma gravidez apenas para te envolver num casamento forçado pela chegada dum filho (só não me conhecendo mesmo nada, alguém me poderia acusar de tamanho disparate!).
Lamento apenas por ele, que merecia um pai muito melhor que tu, que após um ano e tal de ausência não conseguiu dizer nada de mais sensível do que: “estás mais gordo!”.
Nada vindo dele te agrada, como se tu fosses melhor do que ele (mas não és!). Ele é inteligente, coisa que tu não és, ele é sensível, coisa que tu não és, ele questiona-se sobre o mundo e as suas injustiças, coisas que tu não fazes a não ser para fundamentar a tua eterna insatisfação perante a vida, como se ela te devesse vassalagem. Ele é um menino a quem tu exiges a perfeição e nada do que faça será suficientemente grandioso aos teus olhos, o que é grotesco vindo de alguém tão imperfeito como tu, que nunca fez nada de que se destacasse para além de se deslumbrar, atrás dum balcão de loja de roupa (cara, só podia ser!), com a medíocre fama alcançada nas festas da Pipi, da Xáxá, da Sisi e do raio que as parta, que nunca se dignou a olhar o filho como ele merece ser olhado, através dos olhos dum pai!
Sim, falhei (penitencio-me a toda a hora), ele merecia um pai que lhe prometesse que vinha e aparecesse, que lhe prometesse comprar um presente e não se esquecesse, que tivesse estado à sua cabeceira quando delirou com febre, que tivesse brincado com ele, que o tivesse visto crescer, que lhe tivesse pegado na mão quando teve medo, que o tivesse ensinado a andar de skate ou de bicicleta, que tivesse ido às reuniões da escola, que tivesse ficado orgulhoso com as suas excelentes notas, que o tivesse repreendido por jogar playstation a toda a hora, que o tivesse encorajado nos momentos em que vacilou, que tivesse dado protecção quando precisou, que tivesse estado lá para ele, incondicionalmente!
Em vez disso, teve direito apenas a aparições fugazes, cronometradas ao segundo, em que para garantir a tua presença nas festinhas do dia do Pai na escola eu tinha de fazer de motorista, porque não podias ir de autocarro ou de metro, pois dava muito trabalho e o teu filho não justificava tamanha canseira! Teve direito a 2 telefonemas por ano (aniversário e Natal) quando decidiste definitivamente mudar de armas e bagagens para a Madeira. Teve direito a telefonar-te no teu aniversário e ficar a saber que estavas no Porto há já 3 dias e que jantavas com os teus amigos e familiares, mas que ele não tinha sido convidado. Teve direito a idealizar um perfil de pai que um dia descobrirá não corresponde ao que tu és e só espero que ele seja capaz, um dia, te perdoar por isso!
Porque eu não consigo!
Feliz dia do Pai!

Boa Noite Solidão

domingo, março 11, 2007

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Frio
Faz frio
Muito frio
Frio húmido de nevoeiro nocturno colado à pele, pairando entre as fatias delicadas dos lençóis incapazes de afastar das flores azul-cobalto esta eterna sensação de desconforto.
Faz tempo que o meu corpo gelou hibernado nessa rotina espartana diária do Dormir / Acordar / Correr / Trabalhar / Correr / Dormir / Acordar / Correr / Trabalhar.
Terá sido há quanto tempo que a tua mão perdeu a magia libertária de me entorpecer do mundo antropofágico que nos vomita todos os finais do dia em repulsa verde de indigestão? Processo lento, creio eu, iniciado com um beijo distraído apressado quase forçado até, como criança contrafeita recebendo nas faces rosadas os lábios salivados de odor a peixe cozido e azeite das tias matriarcais em domingo de comunhão solene, e finalizado na ambiguidade de vontades alternadas entre o delicado ódio protocolar e a gélida incrustante indiferença. Ao certo, não sei. O que nos fere lentamente em banho-maria, preferimos apagar liminarmente da memória.
Lembras-te, nem sempre fomos este mar imenso de distância. O mundo vibrava ao ritmo da nossa paixão, desse vulcão indomável que nos apossava até ao limite das nossas forças. O centro do mundo ficava exactamente aqui, neste mesmo lugar, onde agora tirito de frio.
Frio que se apodera de mim mesmo quando dou pelo ranger das molas feridas pelo peso do teu corpo na extremidade mais paralelamente oposta na vasta solidão duma cama de casal. Finjo estar adormecida e tu finges acreditar que já adormeci. Dois corpos deitados, longitudinalmente afastados na cama e na vida. Há muito deixamos de ser a sede, a fome e a chama um do outro. Apenas indiferença de tecto, mesa e cama partilhados.
Quando foi que deixamos essa fina camada de gelo se instalasse e nos arrefecesse por dentro e por fora, assassinando-nos irremediavelmente um para o outro? Não faço ideia.
Embalo-me todas as noites na solidão de costas voltadas para um corpo estranho, tão gelado quanto o meu.