Existir ou Não Existir - II Parte

terça-feira, agosto 15, 2006

(...continuação)
Apenas alguém que não sabe escolher parceiros? Talvez um pouco, tenho-o de confessar (problema recorrente ao longo dos anos – haverá por aí algum curso do estilo: “como escolher o melhor parceiro para si em 10 lições” que eu possa assistir…?), embora esta situação seja hoje em dia vulgaríssima em muitos relacionamentos afectivos e mais que efectivos, de papel passado e tudo, o que aos olhos de algumas pessoas os torna quase como super modelos dos relacionamentos, abençoados pela legalidade duma certidão, mas que concorrem da mesma forma para a manutenção duma paz intranquila e instável por baixo da fina capa superficial. Mas o que nos leva a querer a atenção do outro, sentirmo-nos mimados e exultantes de felicidade por sermos, mesmo que por breves instantes, o centro das suas atenções, sentirmo-nos interlocutores privilegiados dos seus diálogos? Acima da necessidade em termos uma testemunha da nossa vida, precisamos de afectividade, de sermos aceites por quem amamos, de nos sentirmos apoiados quando realmente precisamos, seja pela unha do pé, ou outro motivo mais complexo (que me perdoem os podologistas, não querendo desmerecer os problemas das unhas, é claro). Estamo-nos a borrifar se vão chorar muito no nosso enterro e dizer: “era tão boa pessoa…!” (mesmo que tenhamos sido uns estupores em vida) e façam o relato de todos os acontecimentos importantes da nossa existência! Precisamos, isso sim, que, aqueles que amamos, nos reconheçam em vida e o digam desavergonhadamente e que principalmente o sintam verdadeiramente. Que nos façam sentir que conseguem até viver sem nós, mas que será com toda a certeza uma vida muito mais desinteressante. É isso que nos faz falta! Não dum cronista que anote cronologicamente todas as nossas venturas e desventuras desta breve passagem pelo planeta Terra.

4 Comentários:

Anónimo disse...

Para os dias que correm pedes algo complicado:
- O Reconhecimento do Outro!
Reconhecer o Outro é um acto de entrega despojada. É acreditar. É desavergonhadamente partilhar a existência do Outro, de forma presente.
Para os dias de hoje, é dificil não é?
É mais fácil alguns minutos no velório. Cinicos, Hipócritas, mais fáceis...
Bjs

Anónimo disse...

A vida não parou e não foi fácil conciliar a vida profissional com a vida pessoal.

Anónimo disse...

Ninguém espera facilidades, não conta é na verdade com tantas dificuldades!
Viver a dois, depois do mel dos primeiros tempos, tem mais de Amor que de paixão. Amar é compreender, é ouvir, é confortar, é auxiliar, é estar sempre presente!
A solidão de quem vive só é essa mesmo, não ter a quem relatar o seu dia a dia, suas alegrias, tristezas, conquistas, derrotas, enfim, ter alguém com quem possa alegrar-se, entristecer-se, desabafar, pura e simplesmente...viver!
É possivel que Amor e Paixão coexistam, um ser o complemento de outro, isso seria o ideal.
Se o Amor não se for, a paixão, com altos e baixos, também estará presente na relação, perdurará, possibilitando que uma vida a dois seja possivel, viável e muito feliz!
É dificil viver sem Amor embora por via de nos tornarmos cada vez mais egoistas, pensemos ser capazes de viver sem Amor, se de quando em vez formos tendo um pouco de Paixão!
O comodismo leva-nos, tantas vezes, a pôr em questão a importância do Amor! Como somos ingénuos e crédulos! o Homem não nasceu para viver só, por mais que nós o não queiramos admitir, no fundo sabemos desta verdade incontestável da importãncia de uma relação afectiva, sentimental para o equilíbrio desta nossa existência!

Anónimo disse...

Nesta sociedade dos humanos é tão fácil manter a suposta capa superficial.Mas o que nos é difícil de manter é um relacionamente afectivo,pois lá esta a falta de sensibilidade e amabilidade de aceitar o outro como ele é.Como digo e sempre direi ninguém é perfeito.
Pois é no meio da imperfeição que obtemos a oportunidade de conhecer apessoa amada sem julgar..

Ps:Simplesmente acho que por vezes o ser humano não reconhece a si próprio ,ou fica supreendido com ele próprio.

bjs.